Tema desta edição - NOVEMBRO DE 2025:
Transpondo muros
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Todos nós almejamos o progresso.
Contudo, em nossa jornada profissional e pessoal, inevitavelmente confrontamos obstáculos significativos. Pode ser uma negociação de alta relevância, a apresentação de um projeto complexo ou a gestão de uma equipe diversificada.
Qual é o fator que consistentemente nos permite superar esses desafios? A resposta reside na Comunicação Pessoal Efetiva.
O sucesso na carreira e na vida é determinado pela forma como você articula suas ideias, pela clareza com que documenta seus planos e, crucialmente, pela sua capacidade de escuta ativa. Não é suficiente ter a solução mais inovadora; é preciso saber transmitir essa solução, sustentar sua posição com convicção e estabelecer uma conexão genuína com seus interlocutores.
A excelência na comunicação transcende a eloquência. Ela exige, acima de tudo, precisão. Significa ser claro, minimizar ambiguidades e projetar autoridade profissional. Ao dominar a comunicação, você demonstra domínio sobre o assunto e capacidade de liderança.
Lembre-se: No ambiente de trabalho contemporâneo, a competência para dialogar, negociar e mediar conflitos de forma transparente é o seu diferencial competitivo mais valioso.
Invista na precisão da sua mensagem. Invista na sua credibilidade. Sua comunicação é a ferramenta mais poderosa para transpor barreiras e moldar uma trajetória de sucesso duradouro.
Muros separam, diálogos unem
Kleber Sousa
Administrador, bacharel em Direito e Doutor em História
Autor dos livros: "Caminhos do Sucesso: a realização aonseu alcance" e "Liderança empreendedora: um novo livro para um novo mundo".
Instagram: @klebernatal
Conheça mais em: https://www.klebercavalcantes.com.br/
Um novo mundo surgiu no período pós-pandemia, fruto de visões cada vez mais antagônicas do viver em “sociedade”. Conceitos e ideias já abandonadas voltaram à tona, que geram desconforto, discórdia e conflitos. Nesse cenário, observa-se um momento de muitas tensões, desconfiança e descrédito entre líderes mundiais e entre compatriotas, que dispostos em posições distintas em seus diversos campos sociais lutam para aumentar o seu poder e consolidar a sua forma de sociedade.
Como um mero expectador desse cenário global, percebo um maior acirramento dos ânimos e o surgimento de estruturas que novamente afastam as pessoas. Muros e cercas surgem nos horizontes das fronteiras das nações, a fim de proteger seus territórios de invasões e de conquistadores. Esses muros eram muito utilizados na Idade Antiga e serviam para proteger as cidades dos invasores.
Assim foi na Roma Antiga, Grécia e até na China, que construiu a Grande Muralha, ainda existente. Após a Segunda Guerra, foi construído o Muro de Berlim, a fim de separar e impedir o livre trânsito de pessoas na Alemanha. Felizmente, em 9 de novembro de 1989, uma quinta-feira, o muro foi transposto e depois derrubado pelos berlinenses.
Ao mesmo tempo, as pessoas começam a viver de forma mais isolada, construindo barreiras que as distanciam de colegas, parentes e conhecidos. O que não é o ideal, pois o que fez o ser humano se desenvolver e expandir pelo globo terrestre, consolidando o domínio do planeta, foi exatamente a sua capacidade de socialização e seu raciocínio, dentre outros fatores, como afirma o historiador Yuval Harari.
Desse modo, compreendo que a melhor maneira de transpor esses obstáculos e superar esses muros da separação entre as pessoas, grupos e nações ocorrerá por meio do diálogo. Porém, isso exigirá de todos um esforço considerável para desconstruir conceitos e buscar compreender a visão do outro, de modo a juntos construir pontes e meios de transpor os muros criados. Assim, com diálogo e compromisso, é possível criar uma cultura de confiança e credibilidade, a fim de que todos possam se respeitar e viver em paz.
Transpor muros é uma virtude humana.
José Santhiago
Advogado, Historiador e Pós em Jornalismo Digital. Autor do livro "Caminhada contra o câncer". Assistente em Comunicação Integrada. Instagram: @santhiago
A imagem icônica do soldado da Alemanha Oriental que, aproveitando a distração dos colegas, abandona o posto e foge para o outro lado (Foto: Reprodução)
Criar muros é da natureza humana. Transpor muros é uma virtude humana.
Em todos os livros de História, você encontrará referências às conquistas de uns sobre outros. Criar limites entre o "nós" e o "eles" faz parte da humanidade desde tempos imemoriais, e alguns desses limites ainda não foram desfeitos.
Não é diferente hoje em dia. A cada momento, ao redor do mundo, muros são criados sob os mais variados argumentos: defesa, conquista, segurança, manutenção, alteridade, ocupação.
Aproveito este texto para refletir sobre um aspecto que, muitas vezes, é esquecido. Trata-se da herança que todos nós, desde o nascimento, temos o compromisso de entender e de preservar. Falo do direito de herança territorial, conquistada dentro do Direito Internacional de cada época e em cada contexto histórico.
O fato é que o espaço territorial no qual se assenta uma nação, em geral, foi conquistado a duras penas (sociais, econômicas, ambientais, institucionais), sendo um verdadeiro legado deixado por nossos antepassados, não a nós mesmos, no tempo presente, mas sim às futuras gerações que de nós descenderão. É um compromisso real entre gerações do mesmo povo. É motivo suficiente para que o espaço de uma nação seja defendido por velhos e jovens comprometidos com a sobrevivência de um projeto que extrapola futilidades e individualismos.
Então, ter a capacidade de construir muros é bem-vinda. É um paradoxo, contudo, entender que muitas vezes se faz necessário ultrapassar esses mesmos muros, quando o que importa é a expansão de valores, atributos, qualidade de vida, desenvolvimento e inclusão.
É o caso dos muros sociais. Ultrapassar muros faz parte do processo de inclusão, sem meias verdades ou populismos de todos os matizes. Uma nação que quer se desenvolver deve ter a capacidade de defender o espaço dos "seus" e, ainda que gere atritos em alguns interesses, transpor barreiras e incluir no processo social e produtivo milhões de "outros", que também têm o direito à dignidade da existência.
Pode parecer utopia acadêmica, mas o fato é que Roma cresceu quando incluiu. À Cidade convergiam homens e seus valores, vindos de todo o redor do mundo então conhecido. A capacidade dos romanos na antiguidade de preservar valores ao tempo em que promoviam mudanças em seu estilo de vida, produzindo um amálgama cultural dos mais interessantes, ainda hoje é sentida.
Por isso, ultrapassar muros deve ser uma opção consciente de cada sociedade, mesmo que esses muros tenham sido criados há pouco tempo.
Obstáculos podem ser superados. Enfrente-os!
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